sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A economia passou a sobrepor-se à vida humana


 Na abertura do Átrio dos Gentios, ao final da tarde em Guimarães, o arcebispo de Braga recordou a história da espanhola que, há dias, se suicidou para evitar ser vítima do despejo de sua casa. “A economia passou a sobrepor-se à vida humana”, disse D. Jorge Ortiga.
Esta é a questão central para o debate que a Igreja Católica pode fazer sobre a questão da vida humana – o tema da sessão de Guimarães/Braga do Átrio dos Gentios é “O valor da vida”. Normalmente, quando a Igreja fala da vida, fala essencialmente do início e do fim da vida – para condenar o planeamento familiar, o aborto e a eutanásia. Ora, o problema é o que se faz da vida humana – que é todo o tempo que vai desde que se nasce até que se morre.
De facto, a perversão que a grande finança trouxe à nossa vida em sociedade coloca em segundo lugar a vida das pessoas – estas passam a ser máquinas de produção, índices salariais que é necessário reduzir, números de estatísticas para dizer que vivemos acima das nossas possibilidades.
Trazer a vida das pessoas – a vida toda, e não apenas o seu início e o seu fim – de novo para o centro do debate e da acção política e da sociedade seria uma tarefa urgente que a Igreja Católica deveria assumir.  

1 comentário:

A Küttner disse...

As Pessoas deixaram de contar......