O Papa quer que “todos os homens e
mulheres da Europa abram as portas dos seus corações” aos emigrantes. Na
passada quarta-feira, dia 1 de Outubro, o Papa Francisco recebeu no Vaticano
uma delegação de sobreviventes do naufrágio de há uma ano, ao largo da ilha de
Lampedusa (sul de Itália) – no dia 3 de Outubro de 2013 morreram 368
imigrantes, que procuravam chegar a Itália em busca de uma vida um pouco mais
digna.
Além de alguns sobreviventes, o
grupo de 37 pessoas incluía alguns familiares de náufragos. Provinham de vários
países de acolhimento, entre os quais Alemanha, Suécia, Noruega, Holanda e
Dinamarca. E todos pediram ao Papa apoio para que se conclua rapidamente o
reconhecimento dos corpos de algumas das vítimas, ainda por identificar.
Dirigindo-se aos emigrantes, o Papa afirmou: “Sinto
coisas que não se podem dizer, porque não se encontram palavras. Tudo o que
vocês sofreram contempla-se no silêncio, chora-se e trata-se de estar próximo.
Por vezes, quando parece que chegamos ao porto, vêm coisas duríssimas.
Encontramos portas fechadas e não sabemos para onde ir. Mas há muitas pessoas
que têm o coração aberto. A porta do coração é a mais importante neste momento.
Peço a todos os homens e mulheres da Europa para
que abram as portas dos seus corações!”
Os
sobreviventes e familiares ofereceram ao Papa uma escultura de ferro que
representa uma garrafa lançada ao mar com uma família no interior. (Mais
pormenores podem ser vistos aqui)
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