domingo, 5 de outubro de 2014

O Papa sobre Lampedusa: abrir as portas do coração



O Papa quer que “todos os homens e mulheres da Europa abram as portas dos seus corações” aos emigrantes. Na passada quarta-feira, dia 1 de Outubro, o Papa Francisco recebeu no Vaticano uma delegação de sobreviventes do naufrágio de há uma ano, ao largo da ilha de Lampedusa (sul de Itália) – no dia 3 de Outubro de 2013 morreram 368 imigrantes, que procuravam chegar a Itália em busca de uma vida um pouco mais digna.
Além de alguns sobreviventes, o grupo de 37 pessoas incluía alguns familiares de náufragos. Provinham de vários países de acolhimento, entre os quais Alemanha, Suécia, Noruega, Holanda e Dinamarca. E todos pediram ao Papa apoio para que se conclua rapidamente o reconhecimento dos corpos de algumas das vítimas, ainda por identificar.
Dirigindo-se aos emigrantes, o Papa afirmou: “Sinto coisas que não se podem dizer, porque não se encontram palavras. Tudo o que vocês sofreram contempla-se no silêncio, chora-se e trata-se de estar próximo. Por vezes, quando parece que chegamos ao porto, vêm coisas duríssimas. Encontramos portas fechadas e não sabemos para onde ir. Mas há muitas pessoas que têm o coração aberto. A porta do coração é a mais importante neste momento. Peço a todos os homens e mulheres da Europa para que abram as portas dos seus corações!”
Os sobreviventes e familiares ofereceram ao Papa uma escultura de ferro que representa uma garrafa lançada ao mar com uma família no interior. (Mais pormenores podem ser vistos aqui)

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