Cardeal Oscar Maradiaga em Lisboa
(foto João Cláudio/OMP, reproduzida da Ecclesia)
O cardeal Oscar Maradiaga afirmou
este sábado, em Lisboa, que a prática pastoral não pode separar a dimensão
espiritual e social. E que, pelo contrário, ele tem de tocar realidades como o
trabalho, a família, a alimentação, a segurança, bem-estar, a saúde e a
economia.
Na conferência da Comissão
Nacional Justiça e Paz, o presidente da Cáritas Internacional e coordenador do
grupo de cardeais conselheiros do Papa insistiu na ideia da hierarquia de
verdades que o cristianismo propõe. E citou a Evangelii Gaudium, a exortação do Papa Francisco: “A opção
preferencial pelos pobres deve traduzir-se, principalmente, numa solicitude
religiosa privilegiada e prioritária.”
A intervenção do cardeal foi
escutada por cerca de 200 participantes, entre os quais três bispos – o patriarca
de Lisboa, D. Manuel Clemente, o arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, e o bispo
de Beja, D. António Vitalino.
Mais informações sobre a
intervenção do cardeal Maradiaga podem ser lidas aqui.
Noutro passo da sua conferência, o
cardeal insistiu na ideia da coerência da fé, dizendo que um católico que não
coloque a doutrina social da Igreja em prática, ainda que frequente os
sacramentos, não é um católico “praticante” mas antes um “católico ritualista”.
Falando da actual crise
internacional, Oscar Maradiaga afirmou: “A economia tomou conta da política. Manda na política. E às
vezes pensamos que os políticos são os que decidem. E não são. São os grandes
consórcios económicos. São esses grande lóbis de dinheiro que que ordenam aos
políticos o que têm que fazer. Quando o ‘deus dinheiro’ está a reinar pouco
espaço sobra para o bem-comum. Vocês não têm ideia da importância dos grandes
consórcios económicos dos EUA, que inclusivamente acusaram o Papa Francisco de
ser comunista simplesmente porque lhes disse uma verdade: Este tipo de economia
mata. E isso não o podem aceitar”. (estas e outras declarações podem ser ouvidas aqui)
O texto da conferencia inicial do
cardeal pode ser lido aqui.
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