No
Público de sábado, o presidente da Cáritas, Eugénio Fonseca, dá uma entrevista
sobre a pobreza, onde diz que, em Portugal, se continuam a estigmatizar os pobres e não a pobreza. A entrevista começa com a seguinte pergunta e resposta:
P. - O que é ser uma criança pobre em
Portugal?
R. - É não ter possibilidade de fazer o número de refeições que se
considera que são necessários. Temos crianças que, se não fosse a escola ou
alguma Instituição Particular de Solidariedade Social em que estão, não teriam
acesso a uma refeição digna. Para muitas, a única completa do ponto de vista
dos nutrientes é a que recebem na escola ou na instituição. Depois, é não ter
acesso a cuidados de saúde que são determinantes para superar doenças que se
podem tornar crónicas. E não ter acesso a todos os recursos educativos que a
generalidade das crianças têm. Quando digo recursos digo material escolar,
apoio escolar para reforço das aprendizagens. Porque uma criança se não é bem
alimentada, se dorme em condições precárias, tem um risco acrescido de contrair
doenças e de insucesso escolar. Outro risco ainda é um que não estamos a
acautelar devidamente e que está a tomar proporções próximas daquelas que
existiam antes do 25 de Abril: o abandono escolar.
(a entrevista pode ser lida aqui)
Textos anteriores no blogue:
- Cardeal Maradiaga diz em Lisboa que evangelização deve tocar realidades como o trabalho e a economia
- Padre Joaquim Carreira, o quatro português "Justo entre as Nações" por ter salvo judeus em Roma
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