Os soldados escoceses desafiam o
seu capelão a tocar “Sonho com a minha casa” na gaita de foles. Os alemães
respondem com uma árvore de Natal e cantando Stille Nacht, Noite de Paz. A mais bela canção de Natal mostra aos
soldados que improvisavam uma consoada nas trincheiras da I Guerra Mundial como
a música pode ajudar-nos a recuperar o melhor de humanidade que cada um tem
dentro de si. E mostra que, com o Natal, ganhamos a consciência de que a paz é o sonho maior.
Esse foi o primeiro passo para uma
das mais belas histórias no meio da tragédia que foi a I Guerra Mundial: no
Natal de 1914, soldados alemães, franceses, escoceses e ingleses interromperam
a carnificina durante dois dias para cantar juntos, jogar futebol, trocar
abraços, enterrar os mortos e descobrir que, nos rostos inimigos, moravam
afinal rostos de pessoas dignas.
Reconstruindo esta história, o
filme Feliz Natal, que pode ser visto
a seguir na íntegra, mostra que a música pode ajudar a recuperar o melhor da
humanidade. E que o melhor da humanidade se pode recuperar através de pequenos
gestos.
Um século depois do episódio
retratado neste filme, a 27 de Julho de 2014, o centenário do último dia de paz na Europa,
antes da I Guerra Mundial, foi assinalado pelo toque do Silêncio em vários países envolvidos no conflito – entre os quais
Portugal. A ideia foi do jornalista e escritor italiano Paolo Rumiz e foi
assumida pela Estrutura de Missão para os Aniversários de Interesse Nacional.
Em Itália, o Silêncio foi tocado pelo trompetista Paolo Fresu. A peça foi ouvida também na
Albânia, Austrália, Brasil, Bulgária, Costa Rica,
Estados Unidos, França, Grécia, Hungria, Macedónia, Montenegro, Sérvia,
Polónia, Portugal (Mosteiro da Batalha), Reino Unido, Roménia, Rússia. O vídeo
do acontecimento pode ser visto a seguir.
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