Livro - Teologia
É a homenagem merecida. Ou melhor, é uma forma de homenagem merecida (outra será a publicação, em livro, de pelo menos uma antologia das suas crónicas): esta segunda-feira, na Universidade Lusófona, em Lisboa, será apresentado o livro “Frei Bento Domingues e o Incómodo da Coerência”. Coordenada por Maria Julieta Mendes Dias e por Paulo Mendes Pinto (ed. Paulinas), a obra resulta de um conjunto de depoimentos e de estudos que, a propósito dos 74 anos de frei Bento (completados em 2009) começaram a ser reunidos.
É a homenagem merecida. Ou melhor, é uma forma de homenagem merecida (outra será a publicação, em livro, de pelo menos uma antologia das suas crónicas): esta segunda-feira, na Universidade Lusófona, em Lisboa, será apresentado o livro “Frei Bento Domingues e o Incómodo da Coerência”. Coordenada por Maria Julieta Mendes Dias e por Paulo Mendes Pinto (ed. Paulinas), a obra resulta de um conjunto de depoimentos e de estudos que, a propósito dos 74 anos de frei Bento (completados em 2009) começaram a ser reunidos.
Dois terços do volume são, mesmo, constituídos
por um conjunto de textos de investigação sobre temas relacionados com o facto
religioso (sociologia e ciências sociais, modernidade e narrativas), a
hermenêutica e os saberes religiosos, a secularização, a renovação da questão
religiosa e a economia filosófica do cristianismo; e também sobre questões
teológicas e bíblicas como as mulheres na Igreja, a palavra e a imagem, a
justiça e a paz, o Jesus histórico, a sedução do rigorismo, a
co-responsabilidade sacramental do presbitério, as formulações hierárquicas de
Yahweh, a Bíblia e as religiões de Israel; e ainda sobre os jesuítas na I
República, o padre Louis-Joseph Lebret ou a dimensão religiosa na obra de
Agustina Bessa-Luís.
Entre os autores destes estudos, podemos ver
nomes como Ana Vicente, Ângelo Cardita, Isabel Allegro Magalhães, Januário
Torgal Ferreira, José Augusto Mourão, José Sousa e Brito, Laura Ferreira dos
Santos, Luís Salgado de Matos, Manuel Braga da Cruz, Manuela Silva, Mateus
Cardoso Peres, Miguel Serras Pereira e Viriato Soromenho-Marques. Dimas de
Almeida propôs, para esta obra, uma nova tradução da Epístola a Diogneto.
No conjunto de depoimentos, há também muitos
nomes conhecidos, sinal do reconhecimento de largos sectores da sociedade
portuguesa a essa figura ímpar da cultura e do cristianismo que é frei Bento.
Num texto introdutório “sobre a teologia de
frei Bento Domingues”, escreve Anselmo Borges que a reflexão do teólogo
dominicano se consubstancia em alguns “princípios arquitectónicos”: uma
teologia do Reino de Deus; a recusa do gnosticismo, na afirmação de um
cristianismo vivido na liberdade e na humanidade; a urgência de aliar o ético e
o estético; uma teologia ecuménica para a paz, numa mística que vem dos mais débeis
e marginalizados.
2 comentários:
um livro corajoso que certamente vai incomodar muita gente. parabens ao paulo pinto e ir. julieta.
catarina ramos
uma homenagem merecida, só peca por tardia.
parabéns aos coordenadores
amélia gonçalves
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