É
o Papa Bento XVI quem o diz na mensagem para o Dia Mundial da Paz: “As ideologias do liberalismo radical e da tecnocracia insinuam, numa
percentagem cada vez maior da opinião pública, a convicção de que o crescimento
económico se deve conseguir mesmo à custa da erosão da função social do Estado
e das redes de solidariedade da sociedade civil, bem como dos direitos e
deveres sociais. Ora, há que considerar que estes direitos e deveres são
fundamentais para a plena realização de outros, a começar pelos direitos civis
e políticos.”
Uma primeira síntese deste
importante documento do magistério papal – que nesta edição para 2013 se
intitula “Bem-aventurados os obreiros da paz” – está disponível na agência Ecclesia. Mas pode adiantar-se que o Papa aponta como “prioritário o objetivo
do acesso ao trabalho para todos”, um dos “direitos e deveres sociais
atualmente mais ameaçados” e pede um novo modelo de desenvolvimento e “uma nova
visão da economia”, criticando a perspectiva da “maximização do lucro e do
consumo, numa óptica individualista e egoísta que pretendia avaliar as pessoas
apenas pela sua capacidade de dar resposta às exigências da competitividade”.
O texto integral da
mensagem pode ser lido aqui.
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