Uma organização ambientalista nascida em Portugal há 26 anos, impulsionada por um inglês, hoje presente em 20 países e inspirada na teologia cristã da criação. A Rocha, assim se chama esta associação, nasceu na Quinta da Rocha, em plena ria de Alvor (Portimão).
Ali está ainda um dos seus principais alvos das suas lutas: juntamente com outras cinco organizações ambientalistas (entre as quais a Quercus e a Liga para a Protecção da Natureza), A Rocha tem lutado pela reposição dos sapais e outras zonas com espécies protegidas na ria de Alvor.
Os ambientalistas consideram que esses habitats foram destruídos pela empresa Butwell – o caso está mesmo em tribunal.
O centro d’A Rocha no Alvor é, aliás, o lugar de onde irradia uma das principais acções da organização: a educação ambiental. “Fazemos uma abordagem como a da pediatria: ensinamos a prevenir, como fazer bem, como se cresce bem”, diz Tiago Branco, director executivo d’A Rocha em Portugal.
Peter Harris, pastor anglicano e ornitólogo, veio para Portugal em 1983, com a família, para estudar zonas ameaçadas e que eram utilizadas pelas aves migratórias. Parou no Alvor.
Nessa altura, Peter tinha uma sensação, como diz ao PÚBLICO: “Estranhei a pouca atenção dos cristãos [ao ambiente e biodiversidade].” Hoje, as coisas mudaram: “O actual Papa tem tido várias posições sobre o cuidado com a Terra, há iniciativas e declarações de diferentes Igrejas”, o patriarca ortodoxo de Constantinopla dinamiza simpósios sobre lugares ameaçados.
Está moderadamente optimista com Copenhaga: “Os frutos concretos serão limitados, mas o debate é inevitável e, pouco a pouco, tem que haver uma resposta.”
Recorde-se ainda o recente simpósio (o oitavo) da série Religião, Ciência e Ambiente, promovido pelo patriarca Bartolomeu, de Constantinopla, que desta vez decorreu no Mississipi, em Outubro (a foto, copiada do site do simpósio, mostra o patriarca ortodoxo na cerimónia da bênção das águas, no início da iniciativa).
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