Na sua coluna do DN deste sábado, Anselmo Borges escreve sobre Jesus, a propósito do Natal:
No meio da vertigem das compras e das prendas, do consumismo, não sei quantas pessoas se lembrarão ainda de que a festa do Natal está referida ao nascimento de Jesus Cristo. (...)
A partir desta experiência radical [de Deus-Pai com traços de Mãe], deriva toda a mensagem de Jesus, para quem o decisivo não era a religião, mas a humanidade. Como mostrou recentemente o teólogo José M. Castillo, o centro do interesse de Jesus não foi a religião, mas a saúde, a comida, as relações humanas boas, a liberdade, o bem-estar e a felicidade das pessoas. Com Jesus, revelou-se a humanidade de Deus e que o caminho para Deus é a humanidade. O Deus de Jesus encontra-se, antes de mais, no secular, não no religioso. (...)
Jesus, que não era sacerdote, mas leigo, teve de enfrentar a religião e os seus dirigentes, num conflito mortal, porque a religião e os seus dirigentes estavam mais interessados na religião do que na vida e porque "a religião pode ser e costuma ser uma ameaça, um perigo muito sério, para a vida e para a felicidade dos seres humanos". Condenaram-no à morte os dirigentes da religião oficial do seu tempo. Mas Jesus foi tão profundamente humano que "se pôs do lado da vida e deu vida, vencendo as forças da morte".
(o texto completo pode ser lido aqui.)
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